sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Watch N' Ask

Pergunta do grupo de Diabetes:

  •  De que forma o ciclo de Krebs influencia na contração muscular na realização de exercícios aeróbios nas fibras musculares do tipo I?

As fibras lentas – Tipo I ( oxidativas lentas ou fibras de contração lenta), contém muitas enzimas oxidativas ( maior volume de mitocôndrias ), maior capacidade de metabolismo aeróbico e alta resistência à fadiga.
            Na mitocôndria a produção de energia divide-se em duas fases: o ciclo de Krebs e a cadeia respiratória. A cadeia respiratória é a grande produtora de energia. O ciclo de Krebs tem como principal função a produção de equivalentes de redução (NAD H + H e FADH2, que são carreadores de H), produz também Acetil CoA. O ciclo de Krebs é do Piruvato ao Citrato. A membrana mitocondrial é impermeável ao NAD. Existe um sistema de lançadeiras que bota os "H" pra dentro da mitocôndria. A diferença entre o NAD e o FAD (flavina adenina dinucleotídeo), é que o FAD captura dois "H" e o NAD só um, por isso pode-se escrever FADH2. A isocitrato desidrogenase (IDH) é uma enzima alostérica que age sobre o isocitrato, promovendo descarboxilação (perda de C), transformando-o em a cetoglutarato. A hidratação do fumarato transforma-o em malato, essa hidratação serve para o fornecimento de "H". São 3 passos para a geração de ATP.
         O músculo para realizar contração/relaxamento necessita de energia. Essa energia provém, no caso de um exercício aeróbio, onde há trabalho, principalmente das fibras lentas/Tipo I, das reações quimícas do ciclo de Krebs que produzem os equivalentes de redução (NAD H + H e FADH2, que são carreadores de H) Os equivalentes reduzidos feitos no Ciclo de Krebs entregam seus "H" . A cadeia Respiratória só usa o par eletrônico do hidrogênio, o "H" em si é liberado como próton. O NAD entrega os e-  no primeiro passo, produzindo 3 ATPs (um em cada passo). O FAD só consegue entregar no 2º passo, produzindo 2 ATPs.  O NAD entrega os "H" antes porque tem mais energia. Assim que os e- passaram pelos 3 passos, perderam seu potencial energético. Nesse momento o O2 junta-se aos "H" e aos pares de e- formando água e fazendo a remoção desses detritos.  Os 5 NADs de todo o processo produzem 15 ATPs, 3 cada um. O único FAD produz 2 ATPs. No Ciclo de Krebs há produção de 1 ATP. Na glicólise anaeróbica se produz 2 ATPs, o que dá um total de 20 ATPs. Mas se DHP transformar-se em G3P, são mais 20. Descontando os 2 ATPs gastos no início (GLI => G6P e F6P=> F1,6 DP), temos um total de 38 ATPs.

Referências bibliográficas:
http://www.vetorial.net/~coriolis/fisio.htm

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